SERÁ POSSÍVEL ESSE AMOR?
CAPÍTULO 1
E, finalmente, o
tão esperado dia do casamento chegou. Daniel estava no altar, esperando seu grande
amor, Alexia. Uma mistura de sentimentos: será que ela o amava? Já havia quarenta minutos
de atraso, e nada de sua futura esposa aparecer na igreja. Será que restavam
esperanças?
Os convidados já
estavam aflitos, e, sem saber o que fazer, Daniel ligou para Alexia, só que não
teve muito sucesso. Durante essa hora de atraso, ele começou a pensar se não
seria em vão aquele matrimônio, e se passou um filme na sua cabeça de tudo o
que haviam passado juntos, e as aventuras e travessuras que sua amada tinha lhe
contado que viveu com suas amigas, até que por ironia do destino, se conhecerem,
entre tantos apuros e diversões. Mas, apenas uma única coisa pode mudar essa
história.
No casamento, os
poucos convidados que sobraram, já não queriam esperar mais, a igreja estava se
esvaziando, porém a irmã de Daniel estava ali, apoiando-o, sempre, e sua mãe
também, mesmo discordando de sua escolha.
- Viu só filho! Eu
te disse filho de peixe, peixinho é. Se a mãe dela não teve seriedade e
comprometimento com seu esposo, por que a filha dela teria? Disse dona Olga.
Seu filho
permaneceu com a cabeça baixa e saiu do lugar onde estavam. Chegando do lado de
fora da igreja, encontrou Sofia, que o apoiou com todo o carinho de irmã que
tinha, levou-o para um banco, sentaram, e começaram a conversar:
- O que mamãe disse
para você, lá dentro?
- Ela jogou na
minha cara, como sempre irmã. Disse ele, chorando. Sofia como sempre carinhosa,
apenas o abraçou.
Enquanto isso,
Alexia estava a chorar no SPA de sua sogra. Veio em sua mente: “Por que a porta
teria se trancado sozinha? Ou melhor, quem haveria feito essa armação no dia de
meu casamento? ’’
CAPÍTULO II
Ainda abraçando
Sofia, Daniel começou a desabafar, e ela disse para seu irmão:
- Meu querido, para
mim, ela não te merece! Aquela... aquela, sem noção! - Na hora da raiva, ela
acabou falando besteira, mesmo sendo amiga de Alexia.
- Lembra de como
tudo aconteceu? Desde a viagem, até hoje, tudo o que envolve ela dá errado.
Pois vou te contar tudinho o que aconteceu.
Era manhã, quando,
eu, a Alexia, e nossas outras duas amigas, Jéssica e Roberta resolvemos fazer
algo de diferente nas férias de verão, como estava no fim de nossos estudos,
por que não uma viagem? Não só para se divertir, mas também, para aprender. E
sabe para onde fomos? Manaus! Lá, é lindo, maninho, as flores, os rios, tudo.
Se não fosse por todas as desavenças que passamos, teria sido a viagem
perfeita.
No aeroporto, já começaram as confusões. Roberta disse que Alexia
derramou café quente nela de propósito, para queimá-la. Alexia discordou, disse
que era armação, e eu não acreditei em uma só palavra, as provas eram muitas, e
mesmo ela sendo minha amiga, as várias evidências a acusavam. Até aí, tudo bem,
mas foi só o começo. Entramos no avião, e partimos rumo à cidade de Manaus, no
primeiro voo do dia.
A viagem
foi incrível, 3 horas e meia dentro daquele avião confortável, a única coisa,
era a comida, os cardápios não tinham sabor. Definitivamente, não é o melhor
alimento do mundo.
Enfim, chegamos ao lugar que escolhemos, fomos muito bem recebidas, pelo
guia de turismo que contratamos no pacote, ele nos levou até a pousada, e cada
uma, teve que tomar um longo banho para recompensar a viagem de longa distância,
primeiro Jéssica, depois eu, Alexia, e a Roberta foi a última, porque tinha que
arrumar suas coisas, e adivinha! Alexia queimou o chuveiro. E quem teve que tomar banho gelado?
CAPÍTULO lll
Enquanto no jardim
da igreja rolava, um bate papo, no SPA continuava a mesma agonia. O desespero
de Alexia era evidente, se não fosse o fato de estar sozinha, ali. Não havia
ninguém para acudi-la, e ela chorava, desconsoladamente, para uma mulher forte,
Alexia estava se saindo uma bela chorona, e não parava de pensar, um só minuto, em que Daniel
estava pensando sobre ela.
- Porque meu Deus? Por que comigo? Ele vai
desistir mim? E agora? - Gritava ela sem cessar. Depois de um bom
tempo chorando, Alexia se aquietou e caiu no sono. Daniel
e sua irmã, ainda estavam na igreja. Daniel assustado disse:
- Mana, você sempre
apoiou meu relacionamento com Alexia, por que de uma hora para outra, você está me contando
isso?
- Irmão, eu,
sempre, apoiei, porque ela parece ser uma boa pessoa, aconteceu isso, e muito
mais que ela foi a culpada, mas não havia provas, nem motivos para ela fazer
isso, mas agora, qual é a desculpa que Alexia vai te dar, irmão? Por que ela
não avisou se aconteceu alguma coisa? Ela avisaria, mas não, simplesmente,
desistiu do
futuro de vocês, por um motivo qualquer, que não sabemos. Disse Sofia
indignada, pois confiava na Alexia, pensava que era inveja da Roberta, já que
Roberta era afim de Daniel, e quem conquistou mesmo seu coração, foi a Alexia.
A inveja de Roberta era motivada, também
por uma briga antiga, em um desfile de moda, no qual, estavam sendo selecionadas
as melhores da região metropolitana de São Paulo. Entre mil e duzentas
candidatas, apenas cem foram selecionadas, e entre essas 1200, Alexia foi
escolhida, e Roberta não. Isso foi o pior motivo, para gerar esse conflito
entre duas das quatros amigas de infância, que desde os 10 anos de idade,
conheceram-se, brincando e se divertindo nas ruas do bairro Primavera, onde
estudaram desde a primeira série, até o terceiro ano do ensino médio na mesma
escola. É uma pena essa confusão toda por ciúme.
CAPÍTULO
lV
Sofia disse, completando o que
havia dito:
- Essas confusões que te falei, não são nem
o começo, Daniel! Tirando o café quente e o chuveiro, teve muita coisa
intrigante nessa viagem: Roberta foi jogada no rio, o rio mais lindo de lá. Era
muito bonito mesmo, uma fonte de água cristalina, até eu gostaria de ser jogada,
lá, naquele calor!
Daniel soltou uma longa gargalhada, dizendo:
- Ai, ai, mana! Só você mesmo.
- Pois é, viu, e Roberta disse que foi sua
namoradinha, que a lançou rio a baixo. Eu não vi isso, não sei se era mentira
ou falsidade da parte de Alexia.
Depois, Sofia parou, olhou para seu irmão,
e ficou uns 5 minutos pensando, em silêncio. Voltou a falar com voz de
desconfiança:
- Se bem que tudo o que houve foi culpa
dela, muito estranho a Roberta só culpar Alexia, mesmo que ela não estivesse
por perto. Por que não seria Jéssica, ou até eu, a culpada por algo? Quando o
café foi derramado, eu ouvi um grito e quando virei, Alexia estava a duas ou
três cadeiras de distância. Por que foi a culpada por isso? Por que foi a
culpada por aquilo?
Nesse instante, ficou tudo claro, e Sofia
já sabia que havia inveja da parte de uma das duas. Também, ficou claro da
parte de quem que vinha tanta inveja e vontade de incriminar.
Daniel lembrou do casório e desabou a
chorar. Então, sua irmã, vendo que já era tarde, e que não havia tido festa, ou
seja, Daniel não tinha comido nada, ela o levou para um restaurante, ali perto,
tentando vê-lo bem e distraído.
Enquanto isso, Roberta estava em casa, com
Jéssica, então começaram a conversar:
- Sabe Jéssica, sabia que esse casamento
não ia dar certo. Disse Roberta, tirando o salto. -Mas, por que diz isso, Roberta?
-Ah, você sabe! Lembra das artes de Alexia?
O que ela aprontava, sempre, trazendo a desunião do grupo? O que você acha de
ter derrubado alguém da ponte, e o vestido de rubis, para o desfile rasgado?
-Mas como você tem tanta certeza de que
quem rasgou o vestido foi ela?
-Eu vi, simplesmente, no momento que ela
começou a rasgá-lo. Disse Roberta.
Então, Jéssica começou a pensar como que
Roberta conseguira ver o vestido rasgado, e por que ela não pediu ajuda ou
tomou a tesoura de suas mãos? CAPÍTULO V
Em certo momento, Alexia achou que todos os
seus problemas haviam acabado, alguém empurrou a porta, tirando-a dali, e a
levou para o carro, dizendo para ela ficar calma.
Em três horas, Alexia acordou e nem
lembrava direito o que havia acontecido, pois estava com muito sono. Estava em
uma fazenda, num quarto luxuoso, e já haviam trocado suas roupas, será que era
Daniel? Desceu as escadas ao encontro dessa pessoa, que acreditava que
estivesse, ali, para salvá-la.
Encontrou um homem, sentado à mesa, tomando
café. Ela desesperada, pois não o conhecia, começou a fazer diversas perguntas
para ele:
- Quem é você? Por que me trouxe para este
lugar?
Ele olhou para ela, se levantou, e foi para
a varanda da casa, e em seguida, ela saiu correndo atrás dele, gritando novamente:
- Quem é você? espere! Quero conversar.
O homem misterioso, parou e olhou para ela,
novamente, sem dizer uma palavra.
Logo em seguida, ele saiu andando e falou:
-Vai tomar seu café, e comer um pão! Mais
tarde, iremos receber visitas, e você tem que estar forte.
-Quem vai vir?
-Você irá saber!
Mais tarde, por volta das cinco horas, o
interfone tocou, e era uma mulher, pedindo para que os portões se abrissem.
Alexia ouviu o anúncio, e desceu as escadas
correndo, quase caindo, tropeçando nos pés de tanta curiosidade.
Quando ela chegou lá embaixo, viu que era
sua amiga, e também, madrinha, Roberta. Foi correndo abraçá-la, e foi
empurrada, não entendeu, o porquê de tudo aquilo. Sua maior dúvida era, se
Roberta estava, naquele lugar, para ajudá-la ou o quê?
Jogada no chão, ela se deparou com Roberta
rindo de suas dificuldades, então, Alexia se levantou subiu para o quarto,
correndo, e trancando a porta, desabou a chorar, desesperada.
-Pensei um minuto, que minha amiga tivesse vindo me
salvar. Mas, que é ela, a "madrasta má" do meu conto de fadas.
Disse ela, bem baixinho, mas ninguém a
escutava desabafando.
CAPÍTULO VI
Roberta jogou sua bolsa no sofá, e subiu as
escadas, chamando Alexia.
-Alexia? Minha querida, abra essa porta!
Rindo, ironicamente.
Alexia olhou para o lado, e viu um vaso, em
seguida, pegou-o para proteger-se de um futuro ataque.
Ao entrar no quarto, Roberta se deparou com
a cena de Alexia com o vaso em suas mãos, pronta para o ataque. O problema é que
ela estava armada, com um revólver, e apontou para a cabeça de Alexia.
- E agora, o que você vai fazer? Disse
Roberta, atirando para o alto, assustando Alexia e fazendo ela quebrar o vaso
que segurava, pois o jogou contra a porta.
Desesperada, saiu correndo e chorando. Ela
foi para o quintal da fazenda, e começou a cantar, para se acalmar, já que não
havia nada o que ela pudesse fazer. Enquanto isso, Roberta, e o tal homem
misterioso, ficaram dentro do casarão, tomando café.
Daniel, Sofia e Jéssica, se encontram na lanchonete,
e as duas saíram, enquanto Daniel, terminava sua refeição.
- Você viu a Roberta? Disse Sofia, com ar
de desconfiança.
- Eu acabei de sair da casa dela, ela disse
que precisava sair.
- E para onde ela foi? Você sabe?
- Acho que foi para o SPA, afinal, ela
trabalha lá, e como não vai haver casamento, não tinha motivo para que ela
continuasse de folga.
- O que acha de irmos falar com ela?
- Vamos! Falou Jéssica.
Chegando ao SPA, elas não encontraram
ninguém, e começaram a procurar por alguém, nas salas. Entraram na sala de
penteados, e estava uma bagunça, parecia que alguém havia invadido aquele
lugar. Sofia percebe que as coisas de Alexia estavam ali, celular, pulseira da
sorte, e...
- Nossa, eu encontrei um papel escrito, um
endereço em outra cidade com o número da nossa amiga. Disse Sofia espantada,
pegando logo o endereço para si.
Jéssica olhou para o papel, e falou:
- Será que Alexia fugiu, para não se casar
com o teu irmão?
-Claro que não! Ela não é nem doida de
fazer isso com ele. Eu estou achando isso muito estranho, venha comigo!
Entraram no carro, e Jéssica colocou o
endereço no GPS, enquanto isso, e Sofia dirigiu, rapidamente, a caminho da
fazenda.
CAPÍTULO Vll
Ao chegarem lá, Jéssica e Sofia se depararam
com o carro de Roberta, estacionado e foram ver se havia alguém no carro.
Assustaram-se ao olhar, através do vidro, e
viram o vestido casamento, que ajudaram Alexia a escolher. Sofia como sempre
curiosa, tentou abrir o carro com um grampo de cabelo, mas, por sorte, já
estava aberta por um descuido de Roberta.
Sem nenhum cuidado, reviram o carro para
procurar pistas, e acharam um vidro de clorofórmio.
Sofia guardou o frasco consigo, e foram até
a casa grande.
Chegando lá, pediram ao segurança para entrar:
- Por favor, deixe-nos falar com a Roberta.
- Não mora ninguém aqui com esse nome.
Disse ele.
Então, Sofia insistiu novamente:
- Saia aqui para conversamos.
Ele então saiu, e começou a conversa com
ela, rapidamente, Jéssica saiu de trás da árvore, e pressionou o pano com
clorofórmio sobre o nariz e a boca do segurança, para tirá-lo do caminho.
Ele adormeceu, e assim, as duas entraram, e
foram atrás de alguém, enquanto estão do lado de fora, começaram a escutar
através da porta, a conversa de duas pessoas, ouvem a voz de um homem e
reconheceram a voz de Roberta.
-Finalmente, conseguimos capturá-la!
-É, meus planos deram certo, agora, elas
vão ver quem é a dona de Daniel. Ele é meu! Meu! Há, há, há!
Sofia e Jéssica ficaram surpresas, com o
que ouviram, e Jéssica decidiu ligar para a polícia:
-Alô, preciso de uma viatura.
-Em que posso ajudar?
-É uma queixa de cárcere privado.
-Diga o endereço senhora.
-Estrada Vilas Boas, terceira fazenda a
esquerda.
-Ok, iremos providenciar o mais rápido
possível, fique no aguardo.
-Ok, obrigada! Disse ela, finalizando a
ligação.
Elas ficaram à espera, e em trinta minutos,
a polícia chegou:
-Lá dentro! Ela está, lá dentro! Disse
Sofia.
Nesse momento,
Alexia estava num quartinho do lado do casarão.
A polícia arrombou
a porta do quarto em que Alexia estava. Ao ver suas amigas, ela abriu um
sorriso enorme de felicidade, e se levantou correndo em direção a elas. Elas a abraçaram,
tão apertado, que quase a sufocaram. A polícia, logo, em seguida, quebrou a
outra porta, e invadiram a casa. Roberta e o homem
que se chamava Dinho, foram levados pela polícia até a delegacia, e com
testemunho da vítima, aquela dupla, nunca, mais iria perturbar Alexia, nem
Daniel, nem suas amigas.
Roberta terminou
confessando que Dona Olga, também, era cúmplice de tudo.
CAPÍTULO
Vlll
Depois de muita demora,
Daniel saiu da lanchonete, e voltou para a igreja, procurando sua irmã, sem ao
menos saber do que estava acontecendo. Não a encontrou, sentou em um banco do jardim,
começou a pensar na vida, e resolveu ligar para sua irmã:
- Alô!
- Oi, maninho!
- Onde você está?
- Você irá saber logo, logo.
-Ok, não demora! Ele
respondeu com um ar de preocupação, mas a voz de sua irmã, logo, o acalmou com
serenidade.
Sofia puxou Alexia
e chamou Jéssica, que correu para
entrar no carro, dizendo:
- Seu futuro esposo
está esperando, vamos, minha querida!
Elas entraram no
carro a caminho da igreja. Em menos de duas horas, conseguiram chegar. Alexia
desabou a chorar, quando viu Daniel, andando para lá e para cá, perto do mesmo
banco em que a pediu em namoro. Bem ali, naquele lugarzinho especial, a coisa
mais linda de sua vida.
- Meu amor!
-Alexia! Você...Você...caramba,
onde você estava? Desistiu de mim? Fugiu com outro? -Claro que não,
meu amor! Eu amo você! Depois, explicarei tudo.
- E o nosso
casamento? Disse Daniel, chorando.
-Daqui um mês,
tentaremos novamente, não tem problema.
Os dois se abraçaram, se
beijaram, e Daniel disse: -Eu amo você! -
-Eu amo muito mais, meu amor! E, assim, terminou,
ou começou, uma grandiosa história de amor.
AUTORAS:
LETÍCIA REJANE
VICTORIA APARECIDA
DÉBORA
ROBERTA
LAÍS LOPES
Vitória
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