terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O mistério de Lucas

 Capítulo 1

Eu e minha família moramos nesta rua, há muito tempo, conheço todo mundo, porque a rua é pequena. Quer dizer, eu pensava assim, até que uma das casas foi comprada por um velho, que morava sozinho. Sozinho é um modo de dizer, porque com ele vivem uma centena de gatos. Quando meu avô o viu, parecia que ele já o tinha visto antes, ele parecia tentar disfarçar, mas não conseguia. Tanto que o primeiro comentário do meu avô foi: "Isso vai dar problema". Pensei que se referisse aos gatos. Porque, semanas depois que ele havia mudado para a nossa rua, começaram a surgir rumores:
 - Já reparou como o nosso novo vizinho é meio esquisito? Perguntou a vizinha do lado, a dona Marina, a maior fofoqueira da rua.
 - Para falar a verdade nem percebi. Respondeu minha mãe. Ela vivia tão ocupada, cuidando da casa e dos filhos, incluindo o meu pai e o meu avô, que não tinha muito tempo para reparar nos vizinhos, esquisitos ou não.
 - Pois devia. Continuou a vizinha, falando baixo.
 Minha mãe, já aflita, para entrar na própria casa, interrompeu a mulher.
 - Com licença, dona marina, preciso entrar. Estou com uma panela no fogo, mais tarde a gente conversa.
 - Como quiser. A vizinha ficou desapontada, foi, então que me viu, e veio correndo para meu lado:
 - Como você cresceu, hein, Lucas, como vai na escola?
 -Tudo bem.
 Ela estava falando do velho da esquina, justamente comigo, que estava super interessado na fofoca do velho da esquina, ela não tocou mais no assunto, então, resolvi provocar:
 - Nossa, a senhora já viu quantos gatos nosso novo vizinho tem? Que loucura ele volta do açougue, e os gatos ficam louco.
 - Sei bem do que você está falando, Lucas. Ali tem coisa garoto, ouça o que eu digo.
 - A senhora acha o quê?
 - Ah, não acho nada, não. A vizinha se pôs na retaguarda. - Os outros é que me contam, mas que tem alguma coisa misteriosa, ah, isso tem!
 -Lucas! Gritou a mãe de dentro da casa.
 Tive que me despedir da dona marina. Ela não sabia de nada, se não já tinha falado, se eu quisesse saber de alguma coisa vou ter que descobrir sozinho ou com minha turma. Se eles se interessassem pelo assunto.
 Entrei em casa e joguei as coisas da escola na poltrona. Minha mãe continuava gritando, lá da cozinha, como se eu estivesse no fim do mundo.
 - Pô mãe, para com essa gritaria, o que a senhora quer, afinal?
 - Cuida do Dani, enquanto eu acabo de fazer o almoço. E diz para seu avô baixar a TV, que está muito alta. 
 A mãe estava sem empregada, porque ninguém parava, ali. Duas crianças, e um avô, que vivia ouvindo ópera, sem falar do papai, que de vez em quando, se punha a discutir sobre política e futebol com o pai. O máximo que uma empregada ficou, foram três meses. Depois disso, pedia as contas e ia embora.

 capítulo 2

 O ano estava quase no fim, tempo de provas. Fiz o melhor que pude, para ficar, logo, livre daquilo. Férias de fim de ano, são muito legais. Eu e a turma nos divertimos, pra caramba! Mas o novo vizinho, não saía da minha cabeça, parecia até paranoia.
 Então, certo dia, lá estava eu disfarçando, atrás de uma árvore, quando o velho saiu para ir ao supermercado, como sempre fazia, todo dia, nunca trancava a porta, só batia o trinco, mais uma das bizarrices dele.
 Quando ele virou a esquina, me deu aquele impulso e fui andando e olhando para todos os lados, até à porta da casa, não tinha ninguém na rua, aquela era a hora perfeita, então cheguei sem problemas, virei a maçaneta, e a porta abriu, fui andando, até o meio da sala e apareceu um monte de luzes, por todo os lados, as cortinas fecharam do nada, não sabia o que fazer ouvi um barulho e morri de medo com o que poderia acontecer comigo, naquele momento, parecia até fantasma.
 Apavorado sai correndo para a rua, assustado e gritando de tanto medo, cheguei em casa. Ainda apavorado, corri para meu quarto e fiquei lá com medo do velho aparecer, e tocar a campainha, para tomar satisfações comigo, até suava frio de tanto medo, mais tarde, depois que a minha mãe cansou de me chamar, finalmente desci para jantar. Fiz o máximo para disfarçar a cara de assustado, porque minha mãe estava meio desconfiada, disfarcei o resto da noite e fiquei mais tranquilo, quando o velho apagou as luzes da casa dele, e percebi que foi dormir.
 No dia seguinte, não houve nenhum comentário sobre a invasão da casa do velho, mas quando, a gente se esbarrava na rua, ele me olhava com a cara estranha.

capítulo 3 

Algumas semanas se passaram, e chamei minha turma, para explorar a casa do velho, chamei os mais confiáveis, Alice, Nicolas e João. Pedimos para o João ficar de vigia e entramos na casa, fomos direto para o porão, Alice viu uma maçaneta e abrimos, então vimos uma lanterna no chão, que parecia até um funil, entramos em um cômodo, e vimos que era um laboratório parecido com os dos filmes, e estava cheio de pessoas mortas, fomos para minha casa e contamos para minha mãe, e ela chamou a polícia, foi quando, depois de algumas investigações descobrimos quem matou minha vó, o velho foi preso e tudo voltou ao normal.


AUTORES:
 Kayky Breno F. Da Silva
 Luan do Prado Bastos

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